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Climatização inteligente reduz em até 70% o consumo de energia em edifícios públicos e comerciais, aponta especialista
Soluções sustentáveis como VRV e água gelada ganham espaço para garantir conforto térmico e eficiência operacional
Soluções sustentáveis como VRV e água gelada
O aumento contínuo nas tarifas de energia elétrica tem pressionado empresas e instituições públicas a repensarem suas estratégias de consumo. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revelam que os sistemas de climatização respondem por até 47% do consumo total de eletricidade em edifícios comerciais e públicos no Brasil. Nesse cenário, alternativas tecnológicas que aliam conforto térmico à eficiência energética tornaram-se prioridade para quem busca cortar gastos sem abrir mão da qualidade ambiental.
Para Patrick Galletti, engenheiro mecatrônico, especialista em climatização e CEO do Grupo RETEC, as soluções sustentáveis são a resposta mais eficaz a esse desafio. “Os sistemas de Volume de Refrigerante Variável (VRV) e as centrais de água gelada modernizadas podem reduzir o consumo energético em até 70% e as emissões de gases de efeito estufa em até 90%. Isso transforma a climatização em um ativo estratégico, não em um vilão da conta de luz”, afirma.
Presente há mais de quatro décadas no mercado de AVAC-R (aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração), o Grupo RETEC tem apostado em tecnologias como automação embarcada, sensores inteligentes e conectividade via IoT para otimizar o uso dos equipamentos. “A climatização inteligente permite ajustes automáticos conforme a ocupação dos ambientes, evitando desperdícios e melhorando o desempenho térmico em tempo real”, explica o executivo, que também é pós-graduando em Engenharia de Climatização e aluno da Universidade de Harvard em curso sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde.
Além da redução no consumo, o impacto ambiental positivo das novas tecnologias é um fator decisivo. Segundo o Anuário Estatístico da EPE, a substituição de sistemas convencionais por soluções sustentáveis contribui significativamente para a meta brasileira de descarbonização. Os sistemas VRV, por exemplo, operam com controle independente de zonas, ajustando-se às necessidades específicas de cada área e eliminando o uso excessivo de energia em espaços ociosos.
No setor público e em edificações corporativas, as vantagens vão além da conta de energia. Estudos indicam que ambientes climatizados de forma adequada aumentam a produtividade, reduzem o absenteísmo e melhoram a saúde respiratória dos ocupantes. Esses fatores tornam a climatização eficiente uma escolha de gestão e saúde pública, especialmente diante das ondas de calor cada vez mais intensas registradas em meses como abril de 2025. “A climatização não pode mais ser vista como acessório. É uma infraestrutura essencial e deve ser tratada com planejamento, manutenção e tecnologia. O custo de não investir nisso é muito maior a longo prazo”, conclui Galletti.