Whitepaper global da Danfoss antecipa visão defendida pelo governo brasileiro ao apresentar um roadmap concreto para eficiência energética, eletrificação e integração setorial em centros urbanos
O debate central da COP30 ganhou um novo impulso após o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, defender que o “compromisso” do encontro climático seja a elaboração de um “mapa do caminho” para a transição energética, com metas e etapas concretas para triplicar a energia renovável, dobrar a eficiência energética até 2030 e eliminar o desmatamento ilegal.
A posição do governo dialoga diretamente com o whitepaper “Roteiro para a descarbonização das cidades“, lançado pela Danfoss, multinacional dinamarquesa, que propõe justamente um roadmap técnico e escalável para descarbonizar centros urbanos, responsáveis hoje por até 70% das emissões globais de carbono.
O documento mostra que, apenas com tecnologias já disponíveis, seria possível preencher metade da lacuna necessária para manter o aquecimento global dentro da meta de 1,5°C definida pelo Acordo de Paris.
Cidades no centro da transição: eficiência energética e eletrificação como pilares
Segundo o relatório da Danfoss, a implementação imediata de soluções de eficiência energética e eletrificação em edifícios, transporte e integração setorial poderia gerar reduções substanciais já nesta década. Entre os principais achados:
-
Eficiência energética é a base da transição. Se as cidades da Europa, EUA e China adotassem sistemas eficientes de aquecimento e refrigeração de edifícios, alcançariam 20% da contribuição necessária para a meta de 1,5°C.
-
Eletrificação dos transportes é determinante. Eletrificar veículos particulares e transporte público preencheria 28% da descarbonização necessária para manter o limite de 1,5°C.
-
Eficiência acelera a própria eletrificação. Tecnologias mais eficientes reduzem o tamanho de baterias, diminuem a demanda por infraestrutura de recarga e elevam o alcance dos veículos.
-
O uso das soluções tecnológicas já disponíveis hoje pode suprir 50% das reduções esperadas para uma trajetória de 1,5 °C.
