Mayekawa: BOG é solução sustentável e eficiente para os motores de navios de GNL

O gás natural é a terceira fonte energética mais importante do mundo. Esse combustível de origem fóssil, composto principalmente por hidrocarbonetos (carbono e hidrogênio), é encontrado no estado físico gasoso. No entanto, o processamento do gás natural pode originar outros combustíveis, como, por exemplo, o gás natural liquefeito, também chamado de GNL ou LNG, em inglês referente à liquified natural gas-, que é basicamente gás natural que, depois de purificado, é condensado ao estado líquido por meio da redução da sua temperatura a -163 °C. O transporte entre o local de produção ao centro consumidor é realizado em navios adaptados, conhecidos como navios de LNG, que são a peça-chave para toda a cadeia de suprimentos do gás natural, permitindo o seu transporte entre a planta de liquefação e o local de regaseificação. “O gás em questão é armazenado em tanques transportadores, do tipo cilíndrico ou esférico, em temperaturas criogênicas (em média a -163 °C). Estes tanques são extremamente isolados com um rígido controle de temperatura para manter o estado líquido do gás”, explica o Supervisor Comercial da Divisão Química, da Mayekawa do Brasil, Flávio Mota.   Ele diz que esta temperatura, porém, está próxima à temperatura de vaporização. “No entanto, uma vez que o gás não pode ser fornecido com isolamento perfeito, já que algum calor, geralmente, flui através do isolamento e evapora o GNL, que se expande em volume e produz pressão no recipiente, podendo ser prejudicial à sua segurança e a fim de manter a pressão estável dentro dos tanques, o gás vaporizado é liberado através de válvulas para o meio ambiente. Este gás evaporado é conhecido como Boil-off-Gas (BOG)”, informa.

 Boil-off-Gas – ou BOG é uma sigla, que propõe reaproveitar este vapor de gás natural, que em vez de ser perdido ao ambiente, pode ser recondicionado para os motores dos navios, que, atualmente, utilizam tanto o Boil off Gas quanto combustíveis líquidos (óleo de combustível pesado – “Heavy Fuel Oil HFO”) em seus sistemas de propulsão. Os sistemas de Compressores BOG auxiliam no processo de recondicionamento do gás natural, aumentando a pressão. “Este vapor recondicionado auxilia nas turbinas e impulsiona o navio. Quando não há gás BOG suficiente para as turbinas, os HFO’s são  utilizados para manter o navio em operação”, acrescenta Mota. Entre os benefícios na adoção de uma unidade BOG para um navio está a recuperação dos gases que seriam perdidos ao meio ambiente (liberados na atmosfera), e o recondicionamento do Gás Natural (LNG) a fim de auxiliar na propulsão das turbinas do navio. “A Mayekawa possui uma longa experiência, adquirida através dos anos, em Unidades de BOG. Possuímos diversas aplicações em terminais onshore de amônia, GLP, propano, propileno e etileno entre outros. Esta tecnologia já é bastante consolidada e a Mayekawa garante a confiabilidade deste equipamento”, assegura o supervisor da Divisão Química da multinacional, que conta que para esta aplicação em navios a Mayekawa  disponibiliza esta tecnologia, já consolidada, seguindo os mais rígidos critérios de engenharia e inspeção para aplicações marítima, uma vez que todos os navios e seus projetos devem ser vistoriados por sociedades classificadoras, como American Bureau Veritas (ABS), Lloyd’s Register (LR) ou Det Norske Veritas (DNV) além de muitas outras. “Cada sociedade classificadora possui sua própria regulamentação de projeto que deve ser cumprida. As regras são extremamente rígidas, com níveis de inspeção rigorosos, desde vistoria do projeto, matéria prima até inspeção final e testes da unidade”, orienta. Além das sociedades classificadoras, também é necessário cumprir com o Código IGF/IGC escrito e regulamentado pela IMO (International Maritime Organisation). “Se o navio possui origem americana (Bandeira), é necessário também cumprir com os requisitos de projeto da USCG (United States Coast Guard)”, complementa. Ainda, as unidades BOG da Mayekawa podem ser utilizadas pelos navios de LNG, que são comumente classificados de acordo com seus tanques, de acordo com a IMO (International Maritime Organisation), sendo:

  • Independent Tanks (tanque independente) – onde o tanque não faz parte da estrutura do casco do navio (não são cruciais para a resistência do casco). Classificação de Tipo A, B e C;
  • Integral Tank (tanque integral) – onde a forma estrutural do tanque faz parte da estrutura do casco do navio. Também classificados como “membrane tanks”, há três tipos comuns: TGZ Mark III, GT 96 (também conhecido como GTT 96), e GTT CS1.

Sobre o diferencial da Unidade BOG Mayekawa, Mota ressalta que ela é compacta, tem baixo consumo energético, alta confiabilidade, tecnologia de ponta, grande durabilidade e compressor parafuso lubrificado, o que impacta em baixo ruído e vibração. “Além de possuir canais de comunicação em todo o mundo por ser uma empresa de nível e operação global”, finaliza.

Postado em 30 de junho de 2022.
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